No entanto, este ano, este ditado popular não se aplica aos arqueólogos...
A prospecção arqueológica encontra-se condicionada por vários factores:
a) Experiência do prospector (formação e preparação);
b) Condições em que se encontra o sítio arqueológico (grau de destruição; quantidade de materiais existentes à superfície);
c) Condições físicas dos terrenos (erosão; sedimentação; visibilidade e acessibilidade).
Depois de um Inverno particularmente chuvoso, que impediu a acessibilidade a grande parte dos terrenos, temos agora uma Primavera exuberante e cheia de beleza... mas, a presença de abundante pasto e espécies arbustivas, significa baixos níveis de visibilidade dos terrenos.
Realizar trabalhos de EIAs torna-se difícil pois apenas se conseguem visualizar/identificar estruturas positivas (a arqueologia da "cota positiva"), abrigos, grutas e, naturalmente, monumentos megalíticos...
Podemos, sempre, fazer ensaios de recolha de plantas aromáticas e medicinais, abundantes no tradicional maquis e garrigue mediterrânico.
"...beldroegas, acelgas, labaças, cardos, espargos, saramagos, tomilho, orégão, alecrim, murta, coentro, hortelã, hortelã da ribeira e poejo, o mais alentejano dos cheiros..."(p.52)
in: A.M. Galopim de Carvalho (2002) - ...Com poejos e outras ervas. Lisboa: Âncora Editora.
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