sexta-feira, 30 de abril de 2010

Provas de mestrado (IV)

Assistiu-se, no decurso desta semana, na Universidade de Évora, à defesa de tese de 2 alunas que, tendo realizado a sua licenciatura na área da Arqueologia optaram por, a nível do Mestrado, seguir a via da Museologia.
Apesar de em termos de conteúdos serem bastante diferentes, realizaram um excelente trabalho, tendo apresentado algumas propostas muito interessantes, no âmbito das novas tendências desta disciplina.

Isabel Paulina Sardinha de Gouveia
Título: "As colecções de Arqueologia dos Museus da região Autónoma da Madeira - uma proposta de adoragem Pedagógica dos acervos"

Júri:
Prof. Doutor Filipe Themudo Barata - Presidente
Prof. Doutora Leonor Rocha - Arguente
Prof. Doutor João Carlos Brigola - Orientador
Mestre Élvio de Sousa - Co-orientador
Prof. Doutor Jorge de Oliveira - Vogal



















Isabel da Conceição Almeida Pinto
Título: "Museu de Arte contemporânea de Elvas: para o conhecimentos do(s) seu(s) público(s)"

Júri:
Prof. Doutor Filipe Themudo Barata - Presidente
Prof. Doutor Paulo Simões Rodrigues - Arguente
Prof. Doutor João Carlos Brigola - Orientador





quarta-feira, 28 de abril de 2010

Trabalhos arqueológicos...

Quais são os trabalhos arqueológicos para os quais os arqueólogos devem solicitar autorização ao IGESPAR?
Segundo o art. 2º do Decreto-Lei 270/99, de 15 de Julho, considera-se que trabalhos arqueológicos são:
"as acções que visem a detecção, o estudo, a salvaguarda e valorização de bens do património arqueológico usando métodos e técnicas próprios da arqueologia, independentemente de se revestirem ou não de natureza intrusiva e perturbadora, nomeadamente prospecções, acções de registo, levantamentos, estudos de espólios de trabalhos antigos guardados em depósitos, sondagens e escavações arqueológicas, acções de conservação ou de valorização em sítios arqueológicos."

Assim, toda e qualquer acção realizada num sítio arqueológico, ou numa área, tem de estar devidamente enquadrada e autorizada.
O prazo para entrega dos relatórios finais varia em função da Categoria (A, B, C ou D) para que foram autorizados, podendo ir de escassos dias/meses (emergências) até aos 2 anos (arqueologia em contexto urbano).

terça-feira, 27 de abril de 2010

Rochas e rochedos fisionómicos (1)

Muitas vezes, quando andamos no campo, deparamo-nos com formações rochosas que nos fazem lembrar seres vivos. Este tipo de rochas ou rochedos resultam, normalmente, de processos erosivos naturais se bem que, por vezes, possam ter sido "melhorados" pelo homem.
Apesar de se tratar de um fenómeno que se encontra espalhado pelo mundo, em Portugal chegou-se a legislar sobre o assunto...
O Decreto 20985, de 7 de Março de 1932 estabelece, no seu Capítulo IV (Monumentos Nacionaes), Artigo 25º (expropriação de sítios a classificar) que:
“A expropriação (…/…) é extensiva aos locais em que se encontram monumentos megalíticos, grutas, astros, rochedos fisionómicos, penhas, monólitos ou ainda quaisquer outros de natureza idêntica, limitada porém à superfície indispensável para a conservação deles e para as pesquisas que hajam de efectuar-se.”

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Conferência

Conferência que, pela sua temática, poderá ser bastante interessante para os alunos do 2º Ciclo de Arqueologia & Ambiente.

“Geobiodiversidade : a influência dos factores geológicos”

Prof. Fernando Barriga
Dept. Geologia, FCUL

Local: Sala de conferências, Conventinho (Mitra)
Dia/ Hora: 27 de Abril, 15,00h

No âmbito do programa de doutoramento em Biologia.

sábado, 24 de abril de 2010

Algumas notas sobre geologia

No porto de pesca de Sesimbra, na área onde se deveriam localizar as Grutas A e B do Forte do Cavalo, é perfeitamente visível uma interessante estrutura geológica: um anticlinal seguido de um sinclinal (à direita).
As camadas mais antigas encontram-se no eixo do anticlinal, enquanto que as mais recentes se encontram no eixo do sinclinal.

Princípios de estratigrafia geológica mas que foram a base de um dos métodos da arqueologia...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Ciclo de Conferências na UÉ

Conservation, Gestion et Valorization du Patrimoine: différentes approches

Organisé dans le cadre du Master Erasmus Mundus TPTI et du Master de Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural (séminaire de Gestion et Valorisation du Patrimoine)

Palácio do Vimioso - Évora
14 avril
14h30-16h30 (salle 030 PV)
« Une perspective plurisciplinaire de conservation et diffusion du patrimoine: Le projet Hercules », par Cristina Dias et José Mirão (représentants de l’équipe du projet)

23 avril
10h00-11h00 (salle 030 PV)
«Patrimoine scientifique et patrimoine universitaire au Portugal: le rôle des musées dans la préservation, accessibilité et publicité», par Marta Lourenço (Musée de Science de Lisbonne)

11h00-13h00 (salle 030 PV)
Séminaire Pratique – «Atelier de Culture Matérielle : Artéfacts de Science et Technologie», par Marta Lourenço (Musée de Science de Lisbonne) et Samuel Gessner (CIUHCT-Centre Interuniversitaire d’Histoire des Sciences et de la Technologie)

15h00-18h00 (Convento dos Remédios-à côté de la Gare d’Autobus)
«Management Plan of Évora’s Historical Centre», par Eduardo Miranda et Gustavo Val-Flores (Architect et Historien de la Mairie d’Évora, respectivement)

28 avril
15h30-17h30 (salle 211 PV)
«How to create communities around heritage: a research program – SAL(H)INA - Salt History - nature and environment – how a historical research is a useful way to integrate heritage projects», par Inês Amorim (Faculté de Lettres – Université de Porto)

29 avril
16h00-18h00 (salle 131 CES)
«Le rôle des délégations régionales de culture dans la gestion du Patrimoine Culturel Portugais», par Aurora Carapinha (Directrice de la Délégation Régionale de Culture de l’Alentejo)

6 mai
10h30-13h00 (salle 030 PV)
«Musée de Portimão – Du contexte historique et industriel à une réalité muséologique», par José Gameiro (Directeur du Musée de Portimão)

15h30-17h30 (salle 030 PV)
«La requalification d'un espace - gestion d'un patrimoine urbain: le cas de Portalegre», par António Camões Gouveia (Directeur du Musée d’Évora)

25 mai
11h00-13h00 (salle 030 PV)
«Du Progrès urbain aux musées modernes», par Miriam Levin (Case Western Reserve University, Cleveland, Ohio)

Organisation scientifique
Ana Cardoso de Matos
Antónia Fialho Conde

Organisation logistique
Helena Espadaneira

segunda-feira, 19 de abril de 2010

(Re) visitando monumentos megalíticos

Recinto Megalítico dos Perdigões (Reguengos de Monsaraz)
Como referi anteriormente, apesar das condições não serem adequadas para a realização de algumas prospecções, os monumentos megalíticos continuam bem visíveis...

quinta-feira, 15 de abril de 2010

“Arte e Património”: Ruralidades, ciência e arte nas terras de Monsaraz

18 de Abril

Dia Internacional dos Monumentos e Sítios

“Património Rural/Paisagens Culturais”
PROGRAMA
Locais: Monte do Barrocal e Lagar de azeite SEM FIM – Telheiro, Monsaraz
 
9.30h - MONTE DO BARROCAL
Encontro na entrada do Monte do Barrocal. Visita ao Monte a partir da reportagem do Diário de Notícias de 1927 que entrevista o proprietário do Barrocal e mostra em detalhe como funcionava o Monte do Barrocal no seu auge. O Monte do Barrocal é um dos mais significativos exemplos da região das unidades de exploração agrícola do Sul herdeiras da matriz romana que estão na base da paisagem cultural alentejana.
 
10.30h – CICLO DA LÃ/FESTA DA LÃ.INSTALAÇÃO/PERFORMANCE NO PÀTIO DO MONTE DO BARROCAL
Na Festa da lã pisa-se e feltra-se um têxtil ao som dos cantares femininos do Alentejo. Uma festa colectiva em que todos são chamados a participar e que conta com o Grupo Coral Feminino de Viana do Alentejo que acompanha com cante esta recriação artística performativa de uma actividade ancestral e matricial da região e que se filia também nos ciclos transumantes de deslocação dos rebanhos para as terras planas do Sul. Este movimento cíclico, secular, moldou também ele a nossa cultura, a paisagem rural do Sul a nossa arte a nossa arte funcional dos tecidos, das mantas, das lãs e todo um mundo de cultura a explorar para o futuro.
 
12.30h – ALMOÇO NO MONTE DO BARROCAL.
Todos vamos pôr em comum os alimentos e bebidas que trouxermos para o piquenique como sempre se fez nas festas campestres agrícolas e rituais da região. Vamos almoçar no telheiro do monte. Vinho de Reguengos, pão do Baldio queijo fresco de cabra da Corredoura de Monsaraz e tudo o mais que vier, espargos e túberas, cilarcas e paios, bolos folhados da Páscoa, bolos fintos e licores de café e poejo
 
15.00h – 18.00h Sessão de conversas e estórias escolhidas no SEM-FIM sobre o património rural, entre os que ainda constroem diariamente esse património e os que o estudam e investigam, contribuindo para a sua valorização e reconhecimento.
Participam: Cláudio Torres (arqueólogo), José Aguiar (arquitecto), Aurora Carapinha (arquitecta paisagista), Maria Fernandes (arquitecta), Ana Paula Amendoeira (historiadora), Fino (hortelão), Rafael Alfenim (arqueólogo), Luís Dias (artesão de materiais tradicionais de construção, tijolo burro, baldozas), Maria da Conceição Lopes (arqueóloga),Santiago Macias (arqueólogo), Mestre Velhinho (oleiro ainda com o conhecimento da construção das grandes talhas de barro), José António Uva (proprietário do Monte do Barrocal e promotor de projecto turístico), Joaquim Grave (ganadeiro), Daniel Monteiro (arquitecto paisagista e autor do projecto de reinstalação do cromeleque do Xerez), José Alberto Ferreira (professor de Artes/festival Escrita na Paisagem), Arlinda Ribeiro (restauradora de escultura e pintura mural), Jorge Cruz (arquitecto), Miguel Reymão (arquitecto), Vitor Ribeiro (arquitecto), João Pina (apanhador de espargos, túberas e cilarcas e conhecedor do campo, dos moinhos e dos sítios de pesca e caça, dos velhos caminhos e veredas), Alfredo Sendim Cunhal (agricultor), Ana Luísa Janeira (filósofa), Teresa Perdigão (antropóloga) e outros que apareçam e queiram participar.
 
Das 19h às 20h, percorrer a pé os percursos do imaginário, pequenos passeios a pé criados pela ADIM baseados nas lendas e estórias locais, passear entre menires e no romanzal, na rocha da noiva e/ou em Santa Catarina, apanhar laranjas nos Reboredos.
Tudo ali à volta só para fazer fome para o jantar
 
Durante a tarde:
Exposição na Galeria do SEM FIM de obras do escultor Gil Kaaliswart feitas a partir de peças ligadas ao património rural.
 
Às 20h Jantar no SEM FIM com o Grupo coral de Monsaraz, homens vestidos de fato domingueiro, bem dispostos que gostam de conversa e cante à volta de um ou vários copos de vinho, pão e queijo.
 
A participação nas actividades é gratuita. É uma festa do património rural.
Pede-se a todos que queiram participar no pic-nic o favor de trazerem alimentos e bebidas para pormos em comum.
O Jantar no SEM FIM custa 15 euros por pessoa
 
É necessária inscrição prévia (por mail) para a participação nas actividades e para o jantar até ao dia 17 de Abril.
CONTACTO para informações e inscrições: Ana Paula Amendoeira, anamendoeira@hotmail.com
tm 966824189
 
Cantamos, conversamos e divertimo-nos que é o mais importante para festejar o nosso mundo rural e aquilo que ele nos pode dar para a qualidade do nosso futuro
 
Organização: ICOMOS-Portugal, Direcção Regional de Cultura do Alentejo, Festival Escrita na Paisagem, ADIM
Apoios: Monte do Barrocal, Restaurante SEM-FIM, Município de Reguengos de Monsaraz, Município de Viana do Alentejo, Jornal Palavra

terça-feira, 13 de abril de 2010

Depois da tempestade...

vem a bonança!
No entanto, este ano, este ditado popular não se aplica aos arqueólogos...

A prospecção arqueológica encontra-se condicionada por vários factores:
a) Experiência do prospector (formação e preparação);
b) Condições em que se encontra o sítio arqueológico (grau de destruição; quantidade de materiais existentes à superfície);
c) Condições físicas dos terrenos (erosão; sedimentação; visibilidade e acessibilidade).
Depois de um Inverno particularmente chuvoso, que impediu a acessibilidade a grande parte dos terrenos, temos agora uma Primavera exuberante e cheia de beleza... mas, a presença de abundante pasto e espécies arbustivas, significa baixos níveis de visibilidade dos terrenos.

Realizar trabalhos de EIAs torna-se difícil pois apenas se conseguem visualizar/identificar estruturas positivas (a arqueologia da "cota positiva"), abrigos, grutas e, naturalmente, monumentos megalíticos...

















Podemos, sempre, fazer ensaios de recolha de plantas aromáticas e medicinais, abundantes no tradicional maquis e garrigue mediterrânico.

"...beldroegas, acelgas, labaças, cardos, espargos, saramagos, tomilho, orégão, alecrim, murta, coentro, hortelã, hortelã da ribeira e poejo, o mais alentejano dos cheiros..."(p.52)
in: A.M. Galopim de Carvalho (2002) - ...Com poejos e outras ervas. Lisboa: Âncora Editora.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Congresso da UISPP

Apesar de inicialmente estar prevista a sua realização na Austrália, o 18º Congresso da UISPP acabou por ser transferido para França (Paris)...